sexta-feira, 3 de abril de 2009

Geoffrey Chaucer

Geoffrey Chaucer (1343 - 25 de outubro, 1400) foi escritor, filósofo e diplomata inglês. É comum ser-lhe atribuído o título de Pai da Literatura Inglesa. Sua principal obra, Os Contos da Cantuária ("The Canterbury Tales" em inglês), é uma das mais importantes da literatura inglesa medieval.
Nascido em Londres, filho de um próspero mercador de vinhos, Geoffrey Chaucer conseguiu sobreviver na infância à peste negra. Quando jovem, teve excelente formação ao se tornar pajem da corte do rei Eduardo III, consagrando-se como um renomado tradutor do francês e do latim. Daí ele incorporar nos seus Contos da Cantuária, iniciados em 1386, passagens inteiras de obras como Roman de la Rose de Guillaume de Lorris e da Consolatione philosophiae do filósofo Boécio.
Considerado um dos grandes poetas da língua inglesa, tendo antecedido William Shakespeare no refinamento poético e no hábil trabalho com a língua, e o fato de ter vivido como uma espécie de agregado da corte lhe garantiu excelente educação e também a possibilidade de dedicar-se às letras.

Chaucer morreu em 25 de outubro de 1400 e foi o primeiro homem de letras a ser enterrado em Westminster, a abadia que abrigava as sepulturas reais da Inglaterra.

Os Contos da Cantuária


The Canterbury Tales:


O plano geral da obra é simples. Vários peregrinos, que pretendem visitar o túmulo de Santo Tomás Becket em Cantuá­ria, reúnem-se por acaso na taverna do Tabardo, ao sul de Londres, e, por segurança, resolvem cavalgar juntos. Para que a viagem transcorra mais agradavelmente, é sugerido que cada um conte duas histórias na ida e duas na volta, e ao melhor narrador seria dado um belo jantar. Como os peregri­nos (com Chaucer) eram trinta, o livro deveria perfazer 120 histórias; mas o poeta nem chegou a escrever três dezenas, tendo feito apenas 21.

The Prologue:
Os contos são precedidos por um "Prólogo", onde se faz a apresen­tação das personagens. Nessa galeria de retratos há representan­tes da baixa aristocracia (o Cavaleiro e seu filho Escudeiro), do clero (a Prioresa, o Monge, o Frade, a Freira, o Secretário da Freira, o Oficial de Justiça Eclesiástica, o Pároco pobre, o Estudante de Oxford e o Vendedor de Indulgências), da bur­guesia (o Mercador, o Médico, o Advogado, a Fabricante de Tecidos — conhecida como a Mulher de Bath — e o Proprie­tário de Tentas) e das classes inferiores (como o Moleiro, o Feitor, o Provedor, o Carpinteiro, o Tapeceiro, o Marujo, o Cozinheiro, o Camponês e vários outros). Ao descrever cada tipo, Chaucer demonstra os mais variados sentimentos, desde a admiração pelo Cavaleiro e o afeto pelo Pároco pobre até a crítica sutilmente irônica à Prioresa e a mal disfarçada reprovação pelo Vendedor de Indulgências. Mas a nenhum deles permanece indiferente, procurando retratá-los não com a par­cialidade do moralista rigoroso, mas com a objetividade do observador perspicaz e tolerante, que ama a vida e compreende a natureza humana.


The Tales:
A grandeza do autor se torna ainda mais evidente quando notamos que cada narrador conta uma história quase sempre de acordo com sua profissão, seu nível cultural e seu temperamen­to. Assim, o "Conto do Cavaleiro" é, muito apropriadamente, um romance em estilo nobre e trabalhado, os contos do "Moleiro" e do "Feitor", indivíduos grosseiros das camadas inferiores, são obscenos, o “ Conto do Vendedor de Indul­gências" é, ironicamente, um exemplo moralista, o "Conto do Pároco" não passa de um longo sermão sobre os sete pecados ca­pitais, e assim por diante.

Os contos aparecem nesta seqüência:
Conto do Cavaleiro
Conto do Moleiro
Conto do Bailio
Conto do Escrivão

Conto da Mulher de Bath
Conto do Frade
Conto do Oficial de Justiça

Conto do Clérigo
Conto do Mercador
Conto do Proprietário de Terras
Conto do Físico
Conto do Vendedor de Indulgências
Conto do Marinheiro
Conto da Prioresa
Conto de Chaucer

Conto do Monge
Conto da Freira

Conto da Segunda Freira
Conto do Criado do Alquimista
Conto do Reitor

Conto do Pároco

Chaucer termina os contos com uma retratação, pedindo àqueles que se ofenderam com as histórias que culpassem sua grosseria e falta de educação, pois suas intenções não foram imorais, e também pediu àqueles que acharam algo louvável nas histórias para darem o crédito a Cristo.
É comum encontrarmos adaptações dos contos, como esta animação:

sexta-feira, 27 de março de 2009

Beowulf - Literatura Vs. Cinema

Com o lançamento do filme “A lenda de Beowulf”, várias pessoas puderam conhecer o bravo guerreiro e seus incríveis feitos, mas poucos têm conhecimento de que o filme é uma adaptação da mais significativa obra da literatura inglesa. Obra esta, tão antiga que o autor não pode ser identificado, sendo encontrados apenas os manuscritos.
Como é de se esperar de uma adaptação, os roteiristas acabaram por mudar alguns fatos do épico original.
Os personagens principais são:


Beowulf - Protagonista do épico, herói que luta bravamente. Como característica do épico, Beowulf não tinha falhas ou fraquesas, características que lhe foram atribuídas no filme. Podemos perceber na adaptação um personagem um tanto ganancioso e mulherengo.

Grendel - O monstro que atormentava o povo de Hothgar, com força descomunal podia matar trinta homens de uma vez. Não sofreu muitas mudanças, embora no filme apresente traços de medo e até mesmo um pouco de humanidade escondida.






Mãe de Grendel
- O personagem que mais sofreu alterações. No enredo original, trata-se de um monstro terrível, que mora em uma caverna dentro de um lago e devasta a terra de Hothgar por terem matado seu filho.
Já no filme, trata-se de uma criatura que pode mudar sua forma, tornando-se irresistivelmente atraente aos olhos de Beowulf, que acaba gerando um filho com ela ao se encontrarem dentro da caverna da criatura.



Ser mau e dissimulado, deita-se com o guerreiro para ter um outro filho.
No épico antigo, ela é morta por Beowulf. Já adaptação para o cinema, ela continua viva.



Dragão - O dragão da história original não tem relação nenhuma com Grendel ou sua mãe. Apenas aparece no fim da história, destruindo o reino em busca de vingança, quando um escravo rouba uma peça de seu tesouro.


No filme, o dragão trata-se do filho de Beowulf com a mãe de Grendel, que depois de muitos anos aparece para atormentar seu pai e destruir seu reino. Também tem o poder de mudar sua forma, parecendo humano, como sua mãe.
Em ambas as versões, Beowulf morre em batalha com o dragão, embora tendo-o derrotado.


Site oficial do filme:

http://wwws.warnerbros.co.uk/beowulf/



Seafarer

Seafarer - Marinheiro, em português, é o título do poema mais antigo da Literatura Anglo-Saxonica, e assim como Beowulf, não teve seu autor identificado.
O poema tem como tema principal o choque de gerações, como um jovem e um velho vêem a vida por óticas diferentes.
Podemos perceber o entusiasmo do jovem marujo ao encarar a vida e o que ela ainda lhe reserva com muito entusiasmo, enquanto o marujo velho já vê a vida com amargura, de forma depressiva.
Para ressaltar essa diferença, o autor usa das descrições que cada um faz.
Enquanto o jovem descreve a noite como misteriosa, empolgante e estrelada...


O velho descreve a mesma como escura, triste, deprimente... A hora em que a morte provavelmente vem os buscar.

Vikings

Vikings foram membros marítimos da Escandinávia, que também eram comerciantes, guerreiros e piratas. Entre finais do século VIII e do século XI pilharam, invadiram e colonizaram as costas da Escandinávia, Europa e ilhas Britânicas. O período de expansão desses povos é denominado Era Viking. Embora sejam conhecidos principalmente como um povo de terror e destruição, eles também fundaram povoados e fizeram comércio pacificamente. A imagem histórica dos vikings mudou um pouco ao longo dos tempos, e hoje já admite-se que eles tiveram uma enorme contribuição na tecnologia marítima e na construção de cidades.
Além de permitir que os vikings navegassem longas distâncias, seus navios dragão (drakar) traziam vantagens tácticas em batalhas. Eles podiam realizar eficientes manobras de ataque e fuga, nas quais atacavam rápida e inesperadamente, desaparecendo antes que uma contra-ofensiva pudesse ser lançada. Os navios dragão podiam também navegar em águas rasas, permitindo que os vikings entrassem em terra através de rios.



A cultura dos vikings tinha caráter guerreiro, devido também a influências religiosas. Eles eram politeístas, tendo deuses com diversas características, personalidades, histórias e influências no dia-a-dia. Estes deuses eram divididos em dois grupos, os Aesir e os Vanir, além de terem outras criaturas como os gigantes. Os Aesir e os Vanir têm poucas diferenças, mas há várias histórias sobre guerras entre os dois grupos. Além dos deuses, também eram relatadas histórias de heróis. Os vikings apreciavam muito as espadas, sendo que os mais ricos e poderosos tinham as mais belas e melhores espadas, possuindo detalhes dourados e até mesmo rúnicos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Cultura Anglo-Saxã

Coronation of Herold, King of the Anglo saxons




O povo anglo saxão têm marca com cultura própria, muito refinada e expressiva.
Eles gostavam de jogos de palavras, insinuações e a prática de dizer as coisas sem dizê-las, característica muito presente no uso e na expressão do inglês moderno da Inglaterra.
A partir de então, a história da língua inglesa é divida em três períodos: Old English, Middle English e Modern English.
Literatura:
As primeiras manifestações literárias são em prosas e escritas em latim, que caracterizam a religião. Textos antigos que registravam oralmente as tradições, mantidas pelos scops, que criavam versos e os declamavam em festas da nobreza e da corte.Grande parte da Literatura foi construída por longas paráfrases de livros da Bíblia, com o propósito de levar o povo á religião.Mas muita mais original era a poesia pagã, tinha uma natureza épica.
A lenda de Beowulf, que sem dúvida foi o maior de todos da literatura anglo-saxônica.Beowulf (c. entre 700-1000 d.C.) é um poema épico tradicional.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Anglo saxões



Os saxões eram um antigo povo da Germânia, habitantes da região próxima da foz do rio Álbis (atual Elba) e correspondente ao atual estado de Holstein na Alemanha. Anglo-saxão é a denominação dada à fusão dos povos germânicos anglos, saxões e jutos que se fixaram no norte e centro da Inglaterra no século V .
:Após os romanos os anglo-saxões, invadiram a Grã-Bretanha em meados do século VI. Assentados na costa oriental, forçaram a subida do rio Tâmisa à procura de mais terras nos vales, deixando as colinas para os bretões celtas.
Inicialmente destinados à defesa dos celtas. Todavia, agiram de forma oportunista, tornando-se invasores, destruindo vilas e massacrando a população local.