The Canterbury Tales:
O plano geral da obra é simples. Vários peregrinos, que pretendem visitar o túmulo de Santo Tomás Becket em Cantuária, reúnem-se por acaso na taverna do Tabardo, ao sul de Londres, e, por segurança, resolvem cavalgar juntos. Para que a viagem transcorra mais agradavelmente, é sugerido que cada um conte duas histórias na ida e duas na volta, e ao melhor narrador seria dado um belo jantar. Como os peregrinos (com Chaucer) eram trinta, o livro deveria perfazer 120 histórias; mas o poeta nem chegou a escrever três dezenas, tendo feito apenas 21.
The Prologue:
Os contos são precedidos por um "Prólogo", onde se faz a apresentação das personagens. Nessa galeria de retratos há representantes da baixa aristocracia (o Cavaleiro e seu filho Escudeiro), do clero (a Prioresa, o Monge, o Frade, a Freira, o Secretário da Freira, o Oficial de Justiça Eclesiástica, o Pároco pobre, o Estudante de Oxford e o Vendedor de Indulgências), da burguesia (o Mercador, o Médico, o Advogado, a Fabricante de Tecidos — conhecida como a Mulher de Bath — e o Proprietário de Tentas) e das classes inferiores (como o Moleiro, o Feitor, o Provedor, o Carpinteiro, o Tapeceiro, o Marujo, o Cozinheiro, o Camponês e vários outros). Ao descrever cada tipo, Chaucer demonstra os mais variados sentimentos, desde a admiração pelo Cavaleiro e o afeto pelo Pároco pobre até a crítica sutilmente irônica à Prioresa e a mal disfarçada reprovação pelo Vendedor de Indulgências. Mas a nenhum deles permanece indiferente, procurando retratá-los não com a parcialidade do moralista rigoroso, mas com a objetividade do observador perspicaz e tolerante, que ama a vida e compreende a natureza humana.
The Tales:
A grandeza do autor se torna ainda mais evidente quando notamos que cada narrador conta uma história quase sempre de acordo com sua profissão, seu nível cultural e seu temperamento. Assim, o "Conto do Cavaleiro" é, muito apropriadamente, um romance em estilo nobre e trabalhado, os contos do "Moleiro" e do "Feitor", indivíduos grosseiros das camadas inferiores, são obscenos, o “ Conto do Vendedor de Indulgências" é, ironicamente, um exemplo moralista, o "Conto do Pároco" não passa de um longo sermão sobre os sete pecados capitais, e assim por diante.
Os contos aparecem nesta seqüência:
Conto do CavaleiroConto do Moleiro Conto do Bailio
Conto do Escrivão Conto da Mulher de BathConto do Frade
Conto do Oficial de Justiça Conto do Clérigo Conto do Mercador Conto do Proprietário de Terras Conto do Físico Conto do Vendedor de Indulgências Conto do Marinheiro Conto da Prioresa
Conto de Chaucer Conto do Monge
Conto da Freira Conto da Segunda Freira Conto do Criado do Alquimista
Conto do Reitor Conto do Pároco Chaucer termina os contos com uma retratação, pedindo àqueles que se ofenderam com as histórias que culpassem sua grosseria e falta de educação, pois suas intenções não foram imorais, e também pediu àqueles que acharam algo louvável nas histórias para darem o crédito a Cristo.
É comum encontrarmos adaptações dos contos, como esta animação: